quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dengue:


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETO
CLÍNICA DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS - DIP
PROTOCOLO DE DENGUE.



Modo de transmissão:
Pela picada do mosquito A. aegypti infectado pelo vírus. Após repasto de sangue
infectado, o mosquito está apto para transmitir a doença num período de 8 a 12 dias
(período de incubação extrínseco). Não há transmissão por contato direto de um doente ou
de suas secreções com uma pessoa sadia, nem por intermédio de água ou alimentos.



Período de incubação:
Três a 15 dias (média de 5-6 dias).


Período de transmissibilidade:
Compreende dois ciclos. Um ciclo que ocorre no ser humano chamado de período
intrínseco, e outro que ocorre no vetor, período extrínseco.
A transmissão do ser humano ao mosquito ocorrerá enquanto houver viremia (um dia
antes do surgimento da febre até seis dias de doença.



No mosquito, após 8-12 dias, as fêmeas estão aptas a transmitir a doença e
permanecerão assim até o final de suas vidas (6 a 8 semanas).



No mosquito, após 8-12 dias, as fêmeas estão aptas a transmitir a doença e
permanecerão assim até o final de suas vidas (6 a 8 semanas).





Diagnóstico clínico e laboratorial:


Manifestações clínicas: Dengue clássico (DC): início abrupto de febre alta (390 a 400C) acompanhada de cefaléia, mialgia, prostração, artralgias, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema, prurido cutâneo. Pode ocorrer hepatomegalia. Podem ocorrer
manifestações hemorrágicas como petéquias, epistaxe, gengivorragia e metrorragia
sendo estas manifestações mais freqüentes entre adultos e no final do período febril. Tem duração de cinco a sete dias e a convalescença pode durar semanas.



Febre hemorrágica da dengue/síndrome choque por dengue: quadro inicial semelhante ao DC, porém a partir do terceiro ou quarto dia o paciente evolui com manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A prova do laço evidencia a fragilidade capilar. As manifestações hemorrágicas são: petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos órgãos (gastrintestinal, intracraniana, urinária, etc.); ocorre também hemorragia espontânea nos locais de punção. No caso de SCD, o choque ocorre entre o 3 e 7 dias de doença e, geralmente, é precedido por dor abdominal. Considerado de evolução grave, podendo ocorrer óbito em 12-24 horas. Depois de instalado ou recuperação rápida após terapia antichoque apropriada. Paciente com SCD tem sintomas de choque como pressão arterial e de pulso baixas, pele fria e pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação. Irritabilidade e convulsões podem ocorrer. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a FHD/SCD pode ser classificada pelo grau
de gravidade em:
• Grau I: febre acompanhada de sintomas inespecíficos. A única manifestaçãohemorrágica é prova do laço positiva;
• Grau II: manifestações do Grau I somada a manifestações de hemorragia espontâneas
(sangramento da pele, petéquias, epistaxe, gengivorragia, etc);
• Grau III: colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão arterial
ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;
• Grau IV: choque profundo, com pressão arterial e pulsos imperceptíveis (síndrome do
choque da dengue).


A presença de alguns sinais e sintomas, considerados de alerta, podem indicar a
possibilidade de quadros clínicos graves. Abaixo seguem tais sinais/sintomas:
− Dor abdominal intensa e contínua;
− Vômitos persistentes;
− Hipotensão postural;
− Hipotensão arterial;
− Hepatomegalia dolorosa;
− Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena);
− Pressão diferencial menor que 20 mmHg (PA convergente);
− Pulso rápido e firme;
− Agitação e/ou letargia
− Extremidades frias;
− Hepatomegalia dolorosa;
− Diminuição da diurese;
− Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
− Aumento repentino do hematócrito;
− Desconforto respiratório.


Anamnese: a história clínica deve ser detalhada e registrada em prontuário.

História da doença atual

a) Cronologia dos sinais e sintomas
b) Caracterização da curva febril
c) Pesquisa dos sinais/sintomas de alerta.

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