sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dengue & Choque.

O paciente com sinais de choque necessita de atendimento imediato, receber HIDRATACAO venosa vigorosa (fase de expansão) em qualquer unidade de saúde e ser transferido, em ambulância com suporte avançado, para um hospital de referencia com leitos de UTI.


Sinais de choque
Pressão arterial convergente (PA diferencial<20 mmHg)
Hipotensão arterial
Extremidades frias
Cianose
Pulso rápido e fino
Enchimento capilar lento >2 segundos

Unidades de Atenção Terciária em Saúde com leitos em Unidade de Terapia Intensiva


Conduta em pacientes com sinais de choque:

• Assegurar bom acesso venoso, de preferência em dois locais diferentes.
• Iniciar hidratação venosa com solução isotônica (20 ml/kg em ate 20 minutos, tanto em adulto como em criança) imediatamente.
• Se necessário, repetir o procedimento por ate 3 vezes.
• Avaliar hemoconcentração (aumento do hematócrito).
• Reavaliação clinica (a cada 15 – 30 minutos) e hematócrito apos 2h.
• Avaliar melhora do choque (normalização da PA, densidade e debito urinário, pulso e respiração).
• Em caso de melhora clinica e laboratorial, encaminhar o paciente conforme descrito para uma unidade com leito de internação e com capacidade de realizar hidratação venosa, sob supervisão medica, por um período mínimo de 24h.
• Se a resposta for inadequada, avaliar a possibilidade de hemoconcentração.
• Hematócrito em ascensão e choque: apos hidratação adequada, utilizar expansores (colóide sintético  10 ml/kg/hora ou, na falta deste, fazer albumina: adulto 3 ml/kg/hora, criança: 0,5g a 1g/kg/hora).
• Hematócrito em queda e choque: iniciar cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
• Hematócrito em queda e choque: paciente necessita de avaliação medica de imediato, para investigar ocorrência de hemorragias.
• Na fase de absorção do volume extravasado, investigar hiperhidratação (sinais de insuficiência cardíaca congestiva) e tratar com diuréticos, se necessário.
• A persistência da velocidade e dos volumes de infusão liquida de 12 a 24 horas apos reversão do choque, pode levar ao agravamento do quadro de hipervolemia. • Observar a presença de acidose metabólica e corrigi-la, para evitar a coagulação intravascular disseminada.
• Corrigir hiponatremia e hipocalemia.


ATENÇÃO
Crianças  podem apresentar edema subcutâneo generalizado e derrame cavitário  pela perda capilar, o que não significa, em princípio, hiper-hidratação e que pode aumentar, se agravar  após uma hidratação satisfatória.
Monitoramento laboratorial:
• Hematócrito – a cada duas horas, durante o período de instabilidade hemodinâmica, e a cada quatro a seis horas, nas primeiras 12 horas apos estabilização do quadro. • Albumina a cada 12 horas. • Plaquetas a cada 8, 12 ou 24 horas.
Exames laboratoriais e de imagem necessários para atendimento:
• Hemograma. • Dosagem de albumina. • Coagulograma (TP/AP, TTPA).
• Dosagem de eletrólitos. • Função hepática. • Função renal. • US. abdominal.
• Raios-X de tórax.
Após alta hospitalar, encaminhar para à Unidade de Atenção Primária em Saúde para acompanhamento.


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