quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Bahia tem o maior número de mortes por dengue no país em 2009.

BRASIL |24.11.2009 - 13H15

Três cidades da Bahia correm risco de surto de dengue, diz Ministério




Redação CORREIO
Três cidades baianas correm risco de surto de dengue, segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) 2009 divulgado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Saúde. Segundo o ministro José Gomes Temporão, os municípios baianos são Camaçari, Ilhéus e Itabuna. Ainda outras sete cidades estão na lista da possível epidemia, enquanto 102 estão em situação de alerta.

O Liraa avaliou 157 municípios. “Dos 102 municípios em situação de alerta, 17 são capitais”, informou o ministro. “E identificamos dez cidades que se encontram em situação de risco de surto”, acrescentou. O Liraa divide os resultados em três grupos. Encontrar o Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, em até 1% das residências visitadas é considerado “satisfatório”.

Para o município ser enquadrado em 'situação de alerta', precisa haver registros do mosquito numa proporção entre 1% e 3,9%. O “risco de surto” é considerado para aqueles em que houver presença do mosquito em mais de 4% das residências ou ambientes visitados.
“Não significa que haja dengue nessas localidades. Esse levantamento é relativo apenas à presença do vetor da doença”, ressaltou Temporão. O último levantamento sobre a dengue foi divulgado em outubro, no dia 29, e registrou queda de 46,3% no número de casos, na comparação entre janeiro e agosto de 2009 e 2008.
A Região Sudeste também apresentou quatro municípios em situação de risco de surto: Governador Valadares e Ipatinga, em Minas Gerais, e Barretos e Presidente Prudente, em São Paulo. A capital de Tocantins, Palmas, também se encontra nessa situação, bem como a cidade de Cáceres, em Mato Grosso. Temporão ressaltou a importância de dar atenção aos 102 municípios que se encontram em situação de alerta.

“Qualquer descontinuidade nas ações de controle pode piorar o quadro, passando para uma situação de risco de surto”, afirmou. “O que foi feito agora é um retrato do tempo, que nos permite traçar a estratégia para esse período de chuvas e de aquecimento em todo o país. Só por causa das enchentes ocorridas no Rio de Janeiro, tivemos de recolher 15 mil pneus para evitar problemas posteriores”, disse o ministro.

“Erradicação mesmo, só quando tivermos a vacina, que nos protegerá contra os quatro tipos da doença”, completou. O levantamento apresentou também um retrato dos tipos de criadouros mais comuns em cada região – águas, lixo e residência.

Nordeste
A maioria das larvas encontradas nas regiões Norte e Nordeste estão ligadas aos ambientes de abastecimento de água. “Identificamos que 63,9% dos criadouros no Nordeste estão associados a caixas d'água, tambores, tonéis, poços. Na Região Norte, esse percentual é de 35,7%”, informou Temporão.

“Já no Sudeste a predominância é nos depósitos domiciliares, como vasos, pratos, ralos, lajes e piscinas, onde foram encontrados 49% de criadouros, e na Centro-Oeste predominou no lixo [resíduos sólidos], com 44,6%”, acrescentou. As informações são da Agência Brasil.

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